13 de setembro de 2010

Eu e Santo Antônio - um caso antigo!

Nosso casamento será celebrado na Igreja de Santo Antônio, e eu sempre digo que é uma homenagem a ele, já que sou muito devota a ele. Todo mundo pensa que se trata de um agradecimento ao santo casamenteiro, mas nossa história é bem mais antiga.

Toninho, como era chamado pela minha querida mãe, faz parte da minha vida desde sempre. Se eu fosse menino, meu nome seria Luiz Antônio, não em homenagem ao meu avô, mas sim ao santo preferido da Dona Iracema. Como eu nasci mulher, foi-me dado o nome de Fernanda, também em homenagem a Toninho, já que seu nome de batismo era Fernando - Fernando de Bulhões, para ser mais exata. Não sei de onde surgiu essa amizade dos dois, mas era uma fé tão bonita que me emocionava, me comovia, mesmo quando eu ainda não entendia nada sobre muita coisa.

Minha mãe foi doente por muitos anos e faleceu há 11. Sempre em nossas conversas ela falava muito da fé que tinha em Santo Antônio e de como ele tinha sido o companheirinho dela em momentos tão difíceis. Quando eu tinha dois aninhos, ela sofreu uma cirurgia cardíaca e ficou durante alguns meses em tratamento em São Paulo. Eu não lembro nada dessa época, mas ela dizia que foi Santo Antônio que a fez ter força pra se curar e continuar cuidando de mim. Na época, o coração dela parou e ela não esboçava reação. Nisso, colocaram o santinho na mãe dela e, foi apertando o santinho com as mãos que perceberam que ela ainda estava viva. Cresci convivendo com o Toninho e também fiquei íntima dele. Mesmo depois de a minha mãe falecer, sempre que podia - e posso - ia à missa de Santo Antônio, às terças feiras, na igreja dele.

Uma das coisas que ela mais adorava era uma imagem dele, pequenininha, que trouxera de Pádua e que carregava na bolsa, por onde fosse. A imagem era velhinha, desgastada, mas só a gente sabe o poder que ela teve. Em 2006 eu sofri um problema de saúde sério e passei por duas cirurgias em menos de um mês. A segunda foi muito séria e todos ficamos com muito medo. Posso lembrar do pânico do meu pai, da minha irmã e das minhas tias quando entrei no centro cirúrgico. Nesse momento, a única coisa que eu tinha era minha fé no Toninho, e ele me ajudou. De volta ao quarto, eu não largava aquela pequena imagem, mas sei que em uma troca de quartos, o bendito se perdeu. Imaginem uma pessoa recém operada, com soro, andando por todos os cantos de um hospital enorme, atrás da imagem. Meu pai nem ousou me contrariar: fomos eu e ele, segurando o soro, atrás de Toninho. Andamos por tudo, e nada... não achamos. Foi uma senhorinha pequeninha, muito simpática que, ao ver meu desespero, me acalmou. Disse ela que, quando Santo Antônio some assim, de repente, era porque tinha cumprido sua missão com a pessoa, que eu ficaria bem e que ele iria ajudar outra pessoa, e parar na mão de alguém que precisasse. Aquilo me confortou muito, achei tão bonito e tão sincero. Não sei se isso é verdade, mas renovou minha fé nele. Voltei para o quarto e coloquei um Santo Antônio novo na bolsa - eu não conseguiria ficar longe dele.

Quando minhas amigas diziam que iriam colocar no congelador ou de cabeça pra baixo, para ver se arrumavam namorado, eu sempre era conta. Fazer isso com ele? Jamais! E, sabendo do poder de Toninho, eu não arriscaria fazer isso com ele não!

E foi na igreja dele que minha mãe se casou e é lá que nós iremos nos casar. Penso que não existiria lugar mais bonito e mais significativo do que aquele. Fico emocionada em contar essa história e mais ainda em pensar no que aquela igrejinha tem, e vai ter mais ainda depois que sairmos de lá casados. O Diogo foi super parceiro e concordou na hora em fazer a cerimônia lá. Tenho ou não tenho que agradecer ainda mais ao Toninho?

9 comentários:

Ana Claudia disse...

Nossa Fe, que história emocionante.... nossa estou emocionada, mesmo!!!
lindaa!!!

Petuio disse...

Nossa, que lindo esse post! Tenho acompanhado teu blog quase que diariamente e confesso que fico sonhando com o dia em que eu estarei fazendo os meus planejamentos...

Sucesso pra ti, flor! Teu blog é lindo!

Diogo disse...

Que história linda, conhecia só alguns trechos. E viva o 'Toninho'! Beijos minha Linda.

Nana e Junior Moratelli disse...

Ola Fernanada, vou me casar ano que vem e venho acompanhando seu site desde que tomamos essa decisão. Além da sua ajuda, adoro o modo como escreves, com certeza naceste para isso, é fácil, gostoso, inpirador e emocinante como nesse último post le-la. Parabéns pelo site, parabéns pelo casamento e a felicidade e obrigada por toda ajuda. Bjs

Anne Perfeito disse...

Fezitaaa.
Lindo o que escrevesse. E com toda a certeza, o Toninho sabe o que faz ;)Mais certeza ainda que a fé move montanhas.
O casamento é uma etapa linda na vida e um filme passa na nossa cabeça. Feliz por dividires isso aqui com tantas meninas cheias de sonhos.
E ver que com fé tudo se resolve!
Vai ser a primeira vez que deixarei registrado mas com certeza não será a última: Felicidades! Muitas. Pra você e o Diogo.
Beijos
Anne

Comidinhas lá de Casa disse...

IDEM Diogo.
Lindo, lindo, lindo, Fê!
Beijosss

Nicole disse...

Santo Antônio é demais, né? Também o considero meu santo preferido e não só pra questões amorosas (embora ele, de tão poderoso, já tenha me ajudado até nisso).
Ótimo saber que tua fá está renovada. Tenho certeza que ele estará sempre olhando por nós!
Beijos querida

Unknown disse...

Fiquei emocionada com este post. Teu blog está lindo!!! Parabéns e muuuita, muita felicidade!

Beijos Mi

Rozana Silveira disse...

Fe,
que linda sua história de fé com o santinho.
Imagino como será sua emoção ao entrar na mesma igreja em que sua mãe se casou com tanta cumplicidade.
Bjos com carinho,
Ro