Delicinha Casamentícia: Barriga de Freira

Hoje resolvi colocar a leitura em dia. O dia está pedindo preguiça, mas minha forma de não me sentir tão preguiçosa assim foi ficar no sofá tomando m cházinho bem quente e lendo a Vogue de agosto. Logo nas primeiras páginas descobri uma novidade casamentícia e já deixei a preguiça de lado: corri para o computador para pesquisar sobre uma delicinha que anda fazendo o maior sucesso nos casamentos paulistanos e que já é tradição nos casórios cariocas mais chiquetosos!

Foi na matéria que falava do casamento da Vic Ceridono, editora de beleza da revista e autora de um dos meus blogs preferidos, o Dia de Beauté, que eu li que tem um doce que anda substituindo o bem-casado em São Paulo. O quê? Substituir o bem-casado? Soou como um crime para mim! Mas resolvi ir atrás e pesquisar - adoraria degustar também, só pra tirar a prova!

Eis que o docinho que levantou a polêmica no meu coração é o Barriga de Freira, uma delícia portuguesa bem antiga, e tradicional nas doçarias cariocas. Eu adoro doces portugueses, e até dá pra dizer que o bem-casado tem cara de docinho luso, né? Afinal, todo doce português tem como base ovo e açúcar! Pelo que pesquisei, o docinho é feito de ovos moles com amêndoas e envolto numa folha de hóstia. Interessante, não? Fiquei curiosa e comecei a procura na internet a história desse doce e encontrei o site da Barriga de Freira - Doçaria Conventual, uma doçaria bem tradicional do Rio de Janeiro, que trabalha com doces portugueses há mais de 20 anos e oferece várias delicinhas lusas e clássicas, ora pois! Lá encontrei bastante informação de como tudo isso começou:

"Os doces estiveram sempre presentes no fausto das refeições dos conventos, mas somente a partir do século XV, com a divulgação do açúcar, atingiram notoriedade. O açúcar possibilitou a criação de várias “caldas”, que mãos sábias souberam encontrar e padronizar. Além de fortuna, os conventos tinham fácil acesso aos diferentes produtos para praticarem uma boa mesa. A cozinha era de responsabilidade dos padres, enquanto suas irmãs monjas ocupavam-se da confecção dos doces. Naquela época, a população feminina dos conventos era, na sua maioria, composta por mulheres que não tinham escolhido o hábito por fé, e sim por imposição social. Motivo pelo qual, para se entreterem durante o interminável tempo claustral, dedicavam-se a feitura dos doces. Os doces eram considerados um luxo! Representavam o “grand finale” de uma refeição! Também eram utilizados em grande quantidade nas comemorações das festas litúrgicas e vendidos não como manjar de príncipe, mas como doce do céu."

Aqui em Floripa temos a Delícias Portuguesas, que é um restaurante-bistrô especializado na gastronomia lusa e que tem várias gostosuras - pastel de belém, travesseiro de sintra, trouxinha de coimbra - e que acabei de verificar no site que tem siiiim a barriga de freira! Quem topa ir lá provar? Já vou convocar o marido para um programa gordinho no final de semana, afinal, preciso entender do que estou falando, certo? :) Eu não sei se eles fazem doces para eventos, mas garanto que tudo que já provei de lá é uma delícia, o que me deixa animadinha para provar essa novidade pra mim!

Alguém já experimentou? Gostou? Estou super curiosa!!!

UPDATE: Coloquei marido em itálico lá em cima como correção, pois havia escrito noivo, acreditam? Meu Deus, força do hábito total! Mas pode, né? Afinal aqui é meu momento noiva de cada dia :) Thanks, Ni!!!